Mercado de trabalho para deficientes físicos

Desde 1991, o artigo 93 da lei 8213/91 obriga as empresas brasileiras a reservar cotas para contratação de pessoas com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual. Contudo, o mercado de trabalho para deficientes físicos ou pessoas portadoras de necessidades especiais ainda se mostra imaturo.

Lei 8213/91 – Inclusão de deficientes físicos

Apesar da lei existir há 15 anos, aparentemente, o maior desafio para as pessoas especiais que buscam uma posição no mercado de trabalho, ainda é a desinformação. O texto do artigo 93 diz o seguinte:

Art. 93 – a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção:

– até 200 funcionários…………. 2{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d}
– de 201 a 500 funcionários…….. 3{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d}
– de 501 a 1000 funcionários……. 4{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d}
– de 1001 em diante funcionários… 5{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d}

Porém é muito comum pessoas, portadoras de necessidade especiais ou deficientes físicos, que nos consultam relatarem as mais absurdas situações durante a busca por emprego. Ouvimos que algumas empresas estão mais preocupadas em preencher cotas obrigatórias previstas na lei do que contratar um profissional com as habilidades certas para a vaga.

A maioria dos empregadores estão mal informados sobre as competências e habilidades de pessoas portadoras de necessidades especiais ou deficientes físicos versus os requisitos da vaga. Este desconhecimento ou falta de preocupação com o tema, leva as empresas a contratarem profissionais para funções que muitas vezes não aderem às características da deficiência do candidato.

Um exemplo clássico são os profissionais com deficiência motora ou dificuldades de mobilidade, estas pessoas podem exercer com perfeição funções específicas, tais como televendas, operadores ou analistas de redes sociais, atendimento em serviços ao consumidor, entre outras.

É óbvio que nenhum profissional deseja ser contratado apenas para preencher uma cota, as pessoas querem ser valorizadas por aquilo que podem produzir, mas tenho ouvido exatamente o oposto, muitos candidatos deficientes físicos relatando situações constrangedoras em processos seletivos pelo Brasil afora.

Por outro lado, também é verdade que não está fácil encontrar mão de obra qualificada e profissionais mais preparados para funções mais especializadas. Este é o outro lado de um problema bem conhecido do mercado de trabalho brasileiro, a falta de profissionais qualificados, quer sejam deficientes físicos ou não.

É preciso que as empresas brasileiras se dediquem mais a conhecer e entender as qualidades e características dos candidatos portadores de necessidades especiais para que eles sejam posicionados em vagas que permitam ao profissional ser produtivo e feliz.

O que achou do artigo? Conhece algum caso de dificuldade em recolocação para profissionais portadores de necessidades especiais? Deixe seu comentário.

Post Author: ronaldo

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