Como Será o Mercado de Trabalho nos próximos anos

Um recente estudo do World Economic Forum (WEF), organismo que visa orientar decisores políticos e empresas quanto aos impactos, do que eles chamam de, “4a. Revolução Industrial” no mundo laboral, revelou que o mercado de trabalho nos próximos anos sofrerá uma transformação que levará à perda de mais de 5 milhões de empregados em 15 países desenvolvidos e emergentes.

Mas você poderia estar se perguntando agora: “Quais seriam os adventos capazes de provocar tal estrago no mercado de trabalho nos próximos anos?”.

Vamos tentar responder a esta pergunta citando alguns destes adventos que já estão rondando o cotidiano de uma boa parte da população mundial:  Os desenvolvimentos nos campos da inteligência artificial, machine-learning (máquina de aprendizado), robótica, nanotecnologia, impressão 3D, genética ou biotecnologia são alguns dos grandes responsáveis por esta revolução. Segundo o estudo, estes avanços tecnológicos, que estão tomando forma ou sendo aplicados em vários campos, causarão uma “disrupção generalizada”, não só nos modelos de negócios, como também no mercado de trabalho. Com isso espera-se enormes mudanças no conjunto de competências que serão necessárias para qualquer profissional prosperar neste novo cenário.

O estudo mostra que cerca de 7,1 milhões de empregos podem ser perdidos, por meio da automação, desintermediação ou redundância de funções, sendo que os maior impacto será sofrido em tarefas administrativas. O desaparecimento de competências e postos de trabalho vai, segundo o estudo, afetar todas as indústrias e regiões, embora, as perdas possam ser compensadas pela criação de 2,1 milhões de novos postos de trabalho, em áreas mais especializadas, tais como Computação, Matemática, Arquitetura e Engenharia.

O impacto disruptivo da 4.ª Revolução Industrial vai variar, no entanto, estima-se que, nos próximos cinco anos, a área dos Cuidados com a Saúde seja aquela que vai experimentar um cenário mais negro em termos de empregabilidade, juntamente com os setores de Energia, Serviços Financeiros e Investidores.

A indústria que deverá criar mais empregos, sem grandes surpresas, será a de Tecnologias de Informação e Comunicação, seguida por Serviços Profissionais, Mídia, Entretenimento e Informação.

Em termos de gênero, a balança parece estar relativamente equilibrada, estimando-se que as perdas de emprego afetem 52{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d} os homens e 48{e1afb3807b99d1d4cf8d3b196e4967f442a2f0a9492fb6d2726b89ac142d863d} as mulheres. Contudo, dado que os homens representam uma maior porcentagem do que as mulheres em todo o mercado global, isto pode significar uma lacuna ainda maior de desemprego por gênero, com as mulheres perdendo cinco empregos para cada um ganho e os homens perdendo três empregos em cada um ganho.

“Se ações focadas em gerir esta transição não forem tomadas a curto prazo, preparando uma força de trabalho com competências compatíveis com este futuro que se apresenta, os governos terão de lidar com crescentes níveis de desemprego e desigualdade social, assim como empresas com uma base de consumidores mais reduzida”, alerta Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do WEF.

O relatório destaca, ainda, que a grande maioria das empresas acredita que investir em competências para preparar e reter talentos, ao invés de empregar colaboradores por um curto período de tempo, seja a chave para equilibrar as distorções previstas de forma bem sucedida no mercado de trabalho nos próximos anos.

O relatório do WEF, “The Future of Jobs”, é fundamentado em pesquisas realizadas com diretores de recursos humanos e executivos de empresas inseridas em nove categorias da indústria, cobrindo 15 das maiores economias mundiais (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a Associação de Nações do Sudeste Asiático e GCC).

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Fonte: Relatório do WEF “The future of jobs”.

Post Author: Equipe PDE

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