Empregabilidade: O que mudou nesta última década

Desde 2004 até hoje, o mercado de trabalho e a empregabilidade se transformaram significativamente e em todos os aspectos. O profissional de dez anos atrás com certeza não é o mesmo de hoje – novas exigências, novas profissões, um aumento da concorrência, novas frentes de trabalho, um novo paradigma vem se acentuando nas formas de liderar e colaborar nas empresas.

A empregabilidade acompanha estas mudanças

O saldo destas mudanças pode ser positivo por um lado, já que há maior competitividade e mais oportunidades de capacitação e formação. Por outro, o profissional brasileiro ainda precisa se aperfeiçoar mais em diversas carreiras técnicas e de liderança.

Com o Plano Real na década de 1990, as classes mais populares puderam ter acesso a diversos itens do mercado que antes eram mais restritos devido ao poder aquisitivo limitado. A educação, desta forma, também se tornou mais acessível, mais variada e mais procurada por pessoas de todas as classes sociais. Com o aquecimento da economia, novas frentes de trabalho surgiram e novas vagas foram ofertadas. O país continua a passar por grandes transformações quanto à empregabilidade. Os recentes programas sociais – como o ENEM, FIES, PRONATEC, entre outros, ajudaram milhares de profissionais a se capacitarem para o mercado de trabalho, reduzindo o desemprego.

Contudo, a qualidade da educação, ofertada agora de forma mais abrangente em todo o país, ainda é um desafio. Há pouco investimento em formação de professores, além de não haver uma forma de valorização efetiva deste profissional, o que acaba impactando no desenvolvimento de todos os setores produtivos e na empregabilidade.

Áreas em Ascensão

As carreiras de engenharia são as que mais necessitam de profissionais atualmente – em todos os tipos de engenharias: civil, mecânica, elétrica, de software, naval, de petróleo e gás. O desenvolvimento do país está diretamente relacionado às áreas de engenharia e houve redução da procura por estas carreiras na última década, associado ao aumento da demanda.

As carreiras de liderança também assumiram um papel central no mercado de trabalho. Apesar de muitas pessoas buscarem formação em carreiras administrativas, a formação de lideranças é demorada, dispendiosa e bem específica. Houve aumento de programas de trainee em grandes empresas, de todos os setores, no intuito de forma profissionais com o perfil desejado. Esta é uma ótima oportunidade para quem está no início de carreira com a graduação em finalização, mas que possui pouca experiência. Mesmo assim, os cargos de liderança, que oferecem ótimos salários, ainda estão com grande demanda de profissionais capacitados – fazendo com que as empresas, em casos extremos, contratem profissionais de outras nacionalidades.

O setor de TI – Tecnologia da Informação também oferece ótimos salários e boas perspectivas de carreira. Mais uma vez, há a falta de mão de obra qualificada em todo o país neste segmento.

Carreiras da saúde estão cada vez mais em alta, já que a população aumentou muito nesta última década em todas as regiões, aumentando assim o número de usuários de serviços de saúde. O investimento público no setor não acompanhou a necessidade da população, infelizmente. O caos nos serviços públicos de saúde se tornou insustentável – com os governos importando médicos, enfermeiros e outros profissionais de outros países – seria por falta de profissionais ou uma manobra política para investir menos na valorização dos profissionais já existentes e em atuação no Brasil? De qualquer forma, a população requer os serviços de todas as áreas da saúde e a demanda só tende a aumentar.

Novas carreiras também surgiram nesta última década ou ficaram em evidência no mercado de trabalho brasileiro: marketing digital, profissionais relacionados à sustentabilidade e preservação de espaços naturais, profissionais relacionados ao bem-estar da terceira idade, criadores de entretenimento digital e jogos, etc.

Post Author: ronaldo

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