O que há de novo na escrita de um currículo

Uma das principais perguntas que recebo dos leitores está relacionada a vida útil do currículo. E não resta dúvida de que esta ferramenta de marketing pessoal está mais viva do que nunca. Em outros artigo já falamos sobre sua evolução para o uso de redes sociais, (leia também Buscando emprego via twitter) porém ele nunca deixou de existir e não acredito que ficará obsoleto tão cedo (leia também O currículo não está morto). O que já vem acontecendo e continuará a acontecer são adaptações de formato necessárias em função do rápido desenvolvimento de novas formas de se comunicar, neste caso com o mercado de trabalho.

Para mostrar que o currículo não está na UTI, mas sim em constante evolução, selecionamos sete tendências que observamos na escrita atual do currículo.

1. Sucinto | Objetivo | Voltado para redes sociais

As mídias sociais e a sobrecarga de informações que recebemos diariamente tem levado muitas pessoas a ter dificuldades em selecionar o que realmente é importante. Tendo isto em mente, torna-se cada vez mais necessário mudar a forma de se escrever o currículo e torna-lo mais objetivo assim como um tweet (aquelas mensagens curtas do Twitter). Acredito que em pouco tempo, as regras de escrita do currículo e cartas de apresentação vão sofrer mudar. Breve estaremos escrevendo uma carta de apresentação de 10 tweets e um perfil para o currículo com seis tweets. Isso torna mais fácil inclusive a atualização de suas informações profissionais de forma mais sucinta e fácil. Seja claro e objetivo em seu currículo. (clique para tuitar esta frase).

Sempre que possível, procure escrever suas realizações ou qualificações em uma linha, separados por seis intervalos ou mais de espaço em branco, para torná-lo mais convidativo aos leitores, bem como mais fácil de digerir a informação. O comprimento dos parágrafos do currículo também é algo que deve ser observado, quanto mais sucinto, melhor. Há alguns anos atrás, eu não pensaria muito para escrever um parágrafo de seis linhas. Agora, eu tento mantê-los em três linhas no máximo.

2. Currículos integrados

O co-fundador do Twitter, Biz Stone, comentou: “Twitter é o novo currículo.” Seu comentário indica que o que nós escrevemos no Twitter, ou em qualquer lugar on-line, torna-se um pedaço de nosso currículo. Eu tenho conversado com as pessoas que perguntam sobre este assunto sobre a necessidade de estar atento a este fenômeno e traçar estratégias para integrar o seu currículo com a sua identidade on-line, garantindo que as informações estejam alinhadas com os dados que aparecem em um perfil LinkedIn ou outro site. Recrutadores podem, em alguns casos, encontrar versões antigas de um currículo on-line, isso pode afetar a decisão dele em manter um candidato no processo seletivo ou não.

Além disso, é interessante adicionar o LinkedIn, Twitter, site pessoal, ou outros links apropriados em currículos tradicionais, da seguinte forma:

  • Como parte do cabeçalho;
  • Como um “ver mais informações sobre meus projetos ou perfil no SlideShare.com”;
  • Como um rodapé na parte inferior da última página do currículo.

Evite URLs encurtadas, porque em alguns casos elas vão se tornar imprecisas ao longo do tempo.

3. Marca pessoal em currículos

A marca pessoal tem feito cada vez mais parte do currículo, seja sutilmente com os atributos da marca escritos no corpo do CV ou, com títulos que descrevem “atributos de marca” ou “Biografia” como parte do currículo.

4. Mais curto e com partes no formato Add-On

Embora muita gente ainda escreva currículos de três páginas, hoje eles já não são vistos com bons olhos. Quando possível reduza para duas páginas e, em seguida, inclua uma parte suplementar (ou peças) com um títulos separados, como, por exemplo, um projeto destacado ou iniciativas tecnológicas.

5. Sem regras rígidas

Eu já ouvi de recrutadores que “currículos feios” são os melhores, ou seja, os CVs desprovidos de formatação teriam uma melhor chance de serem “lidos”. Embora esta afirmação faça sentido, nós também sabemos por experiência pessoal, conversas com colegas, e discussões com  gerentes e recrutadores, que um currículo lindo com bastante apelo visual podem causar uma boa primeira impressão. Isso também vale para currículos de texto sem formatação.

Ao escrever o currículo, procure ser flexível e busque informações do empregador para adaptar seu documento de acordo com o perfil e necessidades da vaga. Em geral, eu defendo que:

  • Cadastre o currículo no banco de dados de uma empresa;
  • Busque contatos internos para colocar o seu currículo nas mãos do gerente dono da vaga dentro da empresa  (não para o RH);
  • Enviá-lo como um follow-up após um encontro com amigos de sua rede.

6. Carta de apresentação

Cartas de apresentação ainda são utilizadas nos dias de hoje. Minhas observações a respeito de porque incluem:

Os empregadores não parecem aderir a um processo padronizado para receber cartas de apresentação em sites corporativos (alguns sites têm espaço para carregar ou colar em uma carta de apresentação, outros não).
As pessoas estão menos propensas a escrever uma carta de apresentação formal quando enviam seus currículos. tenho percebido cartas menos formais fazendo referência ao CV anexo.

7. Currículos não estão em extinção

Artigos profetizando a morte do currículo parecem vir à tona, pelo menos uma vez por ano. Não tenho a pretensão de ter uma bola de cristal, mas acredito currículos estão aqui para ficar. Dificilmente você será contratado nos dias de hoje sem ter enviado um currículo. Eles podem não ser a peça central da procura de emprego, como eram anos atrás, mas currículos continuam a ser um elemento vital na procura por emprego.

O que achou do artigo? Gostaria de acrescentar algo? Deixe seu comentário.

Fonte: http://www.quintcareers.com/resume_writing.html

Post Author: Equipe PDE

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