A aposentadoria nem sempre significa o fim de suas atividades. E na maioria dos casos, não é. No Brasil, há uma grande incidência de aposentados que continuam trabalhando em suas atividades ou em funções complementares. Muitas vezes, esta escolha é pautada pela necessidade. Outras, pela busca de satisfação pessoal e proatividade.
Em todos os casos, os professores aposentados, por exemplo, podem exercer funções correlatas à sua formação, mas de forma muito mais agradável e menos cansativa, com uma agenda que priorize outros desejos e atividades que goste de fazer. A aposentadoria não pressupõe atualmente que você deixe de trabalhar e de ter uma rotina produtiva. Na verdade, você tem mais liberdade de escolha para decidir e gerir melhor o seu tempo.
Fora de Classe
A aposentadoria com certeza é um momento de regozijo para a maioria dos professores – considerada esta uma profissão com alto nível de estresse e muitos anos dedicados à construção do saber. Se durante a carreira as possibilidades de realização foram poucas, hoje há mais opções do que se imagina para continuar se satisfazendo dentro da sua profissão ou em outra função. Conheça algumas destas opções:
Mentoring: Se você foi/é um professor acadêmico em áreas estratégicas, como Direito, Administração, Gestão do Conhecimento, Educação, Engenharia, Arquitetura, etc., pode criar um serviço de mentoring para outros profissionais e empresas. O mentoring se baseia na experiência de um profissional auxiliando e acompanhando outros profissionais menos experientes no desenvolvimento de suas carreiras. Trata-se da transmissão direcionada de conhecimento, em forma de acompanhamento. O professor aposentado se torna um mentor de profissionais mais jovens. Muitas empresas no exterior já possuem esta figura em seu quadro de funcionários e no Brasil a tendência é forte. Um mentor precisa desta experiência de vida e profissional que um professor aposentado pode proporcionar. Vale a pena buscar o RH das empresas e oferecer este serviço, ou criar um escritório de mentoring por conta própria.
Consultoria: A consultoria é mais focada nos processos produtivos. Dentro de sua área, você pode prestar consultoria na melhora de processos produtivos de empresas de vários segmentos. Este trabalho pode ser feito como um consultor autônomo ou formando uma empresa de consultoria.
Idiomas: Se você tem facilidade em idiomas ou se é um profissional aposentado nesta área, pode oferecer aulas particulares personalizadas. Caso não seja um profissional de língua, mas domine um idioma, é importante buscar técnicas didáticas para aprimorar o seu serviço. Trabalhar com uma ou poucas pessoas de cada vez não exigirá muito de você e pode render uma boa renda complementar. Além disso, neste caso, você faz a sua agenda.
Carreiras estratégicas: Muitas empresas estão buscando aposentados para ocuparem diversas funções com carga horária reduzida. Isso porque o profissional experiente tem respostas mais rápidas aos problemas e mais equilíbrio em diversas situações. Esta já é uma realidade em países europeus e nos Estados Unidos, e cada vez mais, uma tendência no Brasil.
Negócio próprio: Um sonho para muitas pessoas ao se aposentarem, o negócio próprio é um grande desafio e exige espírito empreendedor. O Sebrae, com unidades em todo o Brasil, pode ser um ótimo parceiro nesta transição. É importante que o professor aposentado utilize a sua expertise na construção deste negócio – não precisa ser na sua área de atuação, mas o conhecimento sempre conta. É interessante ter outras pessoas com quem contar, de forma remunerada, pois um negócio exige muito.
Palestras e Workshops: Ser professor exige uma habilidade muito requisitada hoje em qualquer empresa: a comunicação. Independente de sua área, poderá montar cursos rápidos, workshops e palestras motivadoras e cativantes, aproveitando de sua habilidade de comunicação.
Tempo de Dedicação
Mesmo que muitas vezes, após 30 ou 35 anos de contribuição, o benefício da previdência seja irrisório, não quer dizer que você tenha que continuar trabalhando plenamente. Aproveite para rever a sua agenda e coloque em pauta outras coisas que gostaria de realizar neste momento da vida – viagens, novos cursos, a compra de um bem, etc. Limite o seu tempo de dedicação à nova atividade profissional – no máximo, 6 horas.
